Primeiro escalão passa o domingo discutindo a situação financeira e novas medidas, como a possibilidade de aumento de tarifas de ônibus e suspensão da Corrida de Reis, mas, até ontem, levantamento no sistema de Gestão Orçamentária apontava saldo de quase R$ 1 bilhão
Em seminário realizado ontem na Residência Oficial de Águas Claras, a equipe econômica de Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou que o caixa do GDF está “praticamente zerado”. Segundo os socialistas, a situação financeira das contas públicas é “grave” e, para pagar os salários atrasados e aqueles a vencer em 8 de janeiro, há um esforço geral do governo no sentido de viabilizar a antecipação de R$ 412 milhões do Fundo Constitucional. Apesar das dificuldades expostas pela nova composição do Palácio do Buriti, informação do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo) mostra o caixa do Distrito Federal com um saldo positivo de R$ 995.347.576,32.
O Siggo é um instrumento governamental de controle das contas públicas. A ele, fora pessoas do alto escalão do Executivo, todos os deputados distritais têm acesso. O levantamento que identificou a disponibilidade foi feito pelo gabinete do distrital Chico Leite (PT). Nele, a Conta Única do Tesouro aparece com um saldo positivo de R$ 687 milhões e a Aplicação Financeira de Liquidez Imediata com R$ 307 milhões positivos. “Em nome da transparência, a população do DF precisa conhecer esse valor exato e o governo deve estabelecer prioridades sobre como gastá-lo”, ressaltou o deputado.
Os socialistas têm feito de tudo em busca da antecipação dos R$ 412 milhões. Na última semana, o chefe do Executivo local fez um pedido expresso de ajuda ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Cortar mais gastos, como a suspensão da tradicional Corrida de Reis, e aumentar a arrecadação do Estado com aumento na tarifa do transporte público são medidas estudadas pelo Palácio do Buriti para recuperar as finanças do DF. O chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, contesta os números levantados pela assessoria de Chico Leite. “Na nossa conta, o caixa está zerado. Os números certos serão divulgados nesta semana, possivelmente na terça-feira”, afirmou.
O secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, reafirmou, em entrevista ao Correio, que não há praticamente dinheiro disponível para quitar dívidas. “Esse valor de R$ 995 milhões ainda é referente ao balanço de 2014, que só deve ser fechado entre 8 e 10 de janeiro. Há operações ainda não computadas, por exemplo, o pagamento de servidores no último dia do ano, quando os bancos estavam fechados”, disse. Mas o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) assegura que o montante é esse mesmo. “Temos um saldo positivo de R$ 995 milhões e o governo está para receber, sem necessidade de apresentar contrapartida, um empréstimo de R$ 500 milhões do Banco do Brasil e outro de R$ 135 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social)”, disse o petista. “Só ficou faltando pagar R$ 113 milhões em 13º salário de quem faz aniversário em dezembro, o que estava previsto para ocorrer no dia 5 de janeiro (hoje)”, acrescentou.
Primeiro escalão passa o domingo discutindo a situação financeira e novas medidas, como a possibilidade de aumento de tarifas de ônibus e suspensão da…
CORREIOBRAZILIENSE.COM.BR|POR CORREIO BRAZILIENSE
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